2009-02-03

Uma Grande Verdade!

Não só lá, mas também por cá a realidade é muito semelhante, se não mesmo igual.



Carta enviada de uma mãe para outra mãe em São Paulo, após um noticiário na TV:

"De mãe para mãe...'Vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de televisão contra atransferência do seu filho, menor, infractor, das dependências daprisão em São Paulo para outra dependência prisional no interior doEstado de São Paulo.Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, dasdificuldades e das despesas que passou a ter, para visitá-lo, bem comode outros inconvenientes decorrentes daquela mesma transferência.Vi também toda a cobertura que os média deram a este facto, assim comovi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação quevocê, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades deDefesa de Direitos Humanos, ONG's, etc...Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender o seu protesto.Quero, com ele, fazer coro. No entanto, como verá, também é enormea distância que me separa do meu filho.Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e asdespesas que tenho para visitá-lo.Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto,inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do restoda família. Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, quedesempenha, para mim, importante papel de amigo e conselheiroespiritual.Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matoucruelmente num assalto a um vídeo-clube, onde ele, meu filho,trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendocarícias ao seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando floresna sua humilde campa rasa, num cemitério da periferia...Ah! Já me ia esquecendo: e também ganhando pouco e sustentando a casa,pode ficar tranquila, pois eu estarei pagando de novo, o colchão queseu querido filho queimou lá, na última rebelião de presidiários, ondeele se encontrava cumprindo pena por ser um criminoso.No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representantedessas 'Entidades' que tanto a confortam, para me dar uma só palavrade conforto, e talvez indicar quais "Os meus direitos".Para terminar, ainda como mãe, peço "por favor":Faça circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta (faltade vergonha) inversão de valores que assola o Brasil e não só...Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!"

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